sexta-feira, 20 de julho de 2012

História da Tatuagem


História da Tatuagem

É possível que na pré-história os homens se orgulhassem de suas cicatrizes, pois enxergavam nelas sinônimo de coragem. Depois, marcas foram sendo usadas para registrar os momentos da vida, como o nascimento e maturidade sexual, assim como registrar os fatos da vida social — tornar-se guerreiro, sacerdote, casar-se, etc. Desde muito tempo essas pinturas também serviram para pedir proteção ao sobrenatural. Também foram usadas para marcar os prisioneiros e para se camuflar. Porém, o que se tem quase certeza é sobre o seu uso como identificação de grupos sociais.
Por meio da arqueologia, acredita-se que as primeiras tatuagens tenham sido feitas ainda na Antiguidade Oriental, no Egito, entre 4000 a.C. e 2000 a.C. Nesta região, eram sobretudo as mulheres que se tatuavam, conferindo-lhes poderes de proteção. Era comum, também, os homens tatuarem suas mulheres de modo a identificá-las como sua propriedade.
Na América, os indígenas usavam a tatuagem como parte do ritual de passagem. Quando uma pessoa ia da puberdade para a fase adulta, era preciso marcar o corpo com o motivo de proteger a sua alma. No hemisfério sul, os indígenas usavam pigmentos não permanentes feitos de flores e óleos vegetais. Ao final de cada ritual, os desenhos eram removidos.
Essa prática ainda pode ter sido bastante realizada em regiões como Polinésia, pelo povo Maori, nas Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia. Na maioria das vezes essas tatuagens lhes conferiam adornos para os rituais religiosos. Em 1991, uma múmia do século II d.C. foi encontrada nos alpes austro-italianos e ficou conhecida como o Homem do Gelo, ou Otzi, nele, foram encontradas 57 tatuagens.
Na Idade Média, ela foi banida na Europa ao ser considerada uma prática demoníaca por vandalizar o próprio corpo – imagem e semelhança de Deus — e, dessa forma, humilhar o templo do Espírito Santo — o corpo humano.
Teria sido o capitão James Cook – também descobridor do surf -, que escreveu em seu diário a palavra “tattow”, também conhecida como “tatau”. Com a circulação dos marinheiros ingleses, a tatuagem e a palavra “tattoo” entraram em contato com diversas outras civilizações do mundo. Porém, no português, a palavra deriva da sua forma em francês “tatuaje“, que significa marcar ou golpear duas vezes, referindo-se ao método que se utilizava para aplicar os desenhos. Na sua origem, era feita com pedaços de ossos finos como agulhas e uma espécie de martelo para introduzir a tinta.
Cristóvão Colombo trouxe consigo da América do Norte homens portando tatuagens, mas o fato de que os Incas eram tatuados, embora sua civilização fosse mais avançada do que muitas da Europa, era o suficiente para condená-los como “Bárbaros”. Porém, em 1879, o Governo da Inglaterra adotou a tatuagem como uma forma de identificação de criminosos e, a partir daí, a tatuagem ganhou uma conotação do “fora da lei” também no Ocidente.
Este costume chegou ao Brasil através da região portuária e se proliferou entre os estivadores, prostitutas do cais e marinheiros, e devido a isso foi marginalizada na época. Por outro lado, existem diversas culturas espalhadas pelo mundo inteiro que têm muito respeito pela tatuagem. Há famílias tradicionais que passam as técnicas entre as gerações e existem culturas em que a tatuagem é altamente sagrada. Atualmente, a Polinésia é país que tem maior apreço pela cultura da tatuagem.
Em 1891, foi patenteada pelo americano Samuel O’Reilly, a primeira máquina elétrica para se fazer uma tatuagem. A partir de 1920, a tatuagem tornou-se mais comercial e popular entre americanos e europeus. Nos anos 60, a tatuagem se tornou uma manifestação gráfica do espírito da contra cultura e se espalhou tanto quanto a ideologia hippie.
Primeiros aparelhos

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